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Este é o sismômetro SEIS, do projeto InSight, da Nasa em Marte
Foto: Divulgação/Nasa
A Nasa captou mais de cem movimentações sísmicas em Marte em apenas seis meses. O balanço foi anunciado nesta terça-feira (1) e é resultado da missão da sonda Insight Mars, que investiga o interior do planeta vermelho em uma incursão inédita.
Segundo a agência espacial, as primeiras vibrações abaixo da superfície foram detectadas em abril pelo sismômetro da missão, chamado de Experimento Sísmico para Estrutura Interna (SEIS). Ele é tão sensível, que os cientistas garantem ser capaz de capturar até mesmo de uma brisa de vento.
Seis pontos da Missão em Marte
1- Sonda Insight Mars pousou em Marte em novembro de 2018.
2- A sonda é a primeira capaz de captar abalos sísmicos.
3- Cientistas ouviram o vento em Marte em dezembro de 2018.
4- É a oitava vez que a Nasa conseguiu fazer um pouso em Marte.
5- Em maio e julho de 2018 foram registrados dois grandes abalos.
6- Em 2020 haverá uma missão em busca de vida em Marte.
'Martemoto'
Em maio e julho deste ano, o SEIS conseguiu captar dois significativos "martemotos", respectivamente o Sol 173 com magnitude 3.7; e o Sol 235 de magnitude 3.3.
Estas duas vibrações sugerem, diz a agência, que a crosta marciana pode ser formada por algo similar ao que seria uma mistura da Terra com a Lua, por apresentar características parecidas nas movimentações sísmicas dos dois corpos celestes.
"É muito impressionante ouvir as primeiras vibrações da missão", celebrou por meio de nota Constantinos Charalambous, um dos membros da InSight. "A gente consegue começar a entender o que realmente está acontecendo em Marte, com o InSight fincado na superfície."
Imagem de Marte feita pela sonda Insight — Foto: Divulgação/Nasa
Som já foi captado antes
A Nasa captou pela primeira vez o áudio do vento em Marte em dezembro de 2018. Segundo a agência, dois sensores detectaram essas vibrações de vento: um sensor de pressão de ar dentro do módulo de aterrissagem e um sismógrafo localizado no convés da Insight, aguardando a implantação pelo braço robótico da InSight.
Os dois instrumentos gravaram o ruído do vento de diferentes maneiras. O sensor de pressão de ar, parte do Subsistema Auxiliar de Sensor de Carga Útil (APSS), que coleta dados meteorológicos, registrou essas vibrações de ar diretamente.
O sismógrafo registrou as vibrações causadas pelo vento que se movia sobre os painéis solares da espaçonave, que têm 2,2 metros de diâmetro e se destacam dos lados da sonda como um par de orelhas gigantes.
Concepção artística mostra como a InSight deve estudar o interior de Marte
Foto: Divulgação/NASA
Missão em Marte
A sonda pousou em Marte em novembro de 2018, após sete meses de viagem. Foi a oitava vez que a Nasa conseguiu fazer um pouso em Marte.
A nave não tripulada percorreu 482 milhões de km. Parte de sua missão é informar dos esforços para enviar algum dia exploradores humanos ao planeta vermelho — algo que a Nasa espera concretizar na década de 2030.
A InSight não tem capacidade de detectar vida no planeta — isso será deixado para os futuros robôs. A missão da agência em 2020, por exemplo, irá coletar rochas que possam conter evidências da vida antiga.
Este pouso em Marte foi o primeiro desde 2012, quando o explorador Curiosity da Nasa pousou na superfície e analisou as rochas em busca de sinais de vida que possa ter habitado o planeta vizinho da Terra, agora gélido e seco.
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