Os pesquisadores desenvolveram um software capaz de projetar nanodispositivos de DNA muito mais complexos em apenas alguns minutos. O “MagicDNA” combina filamentos minúsculos de DNA com estruturas mecânicas como rotores e dobradiças, fazendo com que os dispositivos possam realizar todo tipo de tarefas.
IMORTALIDADE É O FUTURO!! "Robôs de DNA" Ajudam na Cura de Doenças e São Criados em Minutos
— UFOS ONLINE 👽🛸 (@rroehe) August 4, 2023
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"Anteriormente, podíamos construir dispositivos com até seis componentes individuais e conectá-los a juntas e dobradiças e tentar fazê-los executar movimentos complexos. Com este software, não é difícil fazer robôs ou outros dispositivos com mais de 20 componentes que são muito mais fáceis de controlar”, explica o professor Hai-Jun Su.
Processo de construção
Técnicas mais antigas permitiam projetar nanodispositivos em duas dimensões, deixando todo o processo de criação muito mais lento. Como o novo software, os cientistas agora podem fazer todo o projeto em 3D e isso proporciona a fabricação de robôs muito mais complexos e eficientes.
Com o 3D na jogada já é possível construir estruturas de DNA de cima para baixo e vice-versa. Nos designs que começam por baixo, os pesquisadores podem combinar os filamentos com outros componentes, dando um controle mais preciso sobre o dispositivo. Já nos projetos que começam de cima eles conseguem moldar o dispositivo aos filamentos geometricamente.
Juntas essas duas possibilidades de design aumentam o nível de complexidade que pode ser empregado em um robô. É como em uma linha de montagem de automóveis, onde as máquinas trabalham ao mesmo tempo em posições diferentes. Isso deixa o processo mais rápido e reduz a possibilidade de erros.
O segredo está no software
Além de simplificar as etapas de produção o programa de computador criado pelos pesquisadores permite fazer simulações de como os nanodispositivos de DNA funcionariam no mundo real.
“À medida que você torna essas estruturas mais complexas, é difícil prever exatamente como elas serão e como se comportarão. É fundamental poder simular como nossos dispositivos irão realmente operar", disse o coautor do projeto, professor Carlos Castro.
Alguns dispositivos projetados com a ajuda do software se parecem com um avião. Eles possuem braços com garras robóticas que podem pegar itens minúsculos e são mil vezes menores em diâmetro que um fio de cabelo humano.
Multitarefa
O maior avanço dessa descoberta é que nanodispositivos mais complexos podem realizar várias tarefas ao mesmo tempo. Os robôs de DNA poderão não só detectar uma doença, mas também reagir a ela, liberando remédios ou eliminando o patógeno.
"Queremos ser capazes de projetar robôs que respondam de uma maneira particular a um estímulo ou se movam de uma determinada maneira", completa o professor Castro.
Recrutar nanorrobôs para fazer parte do exército que compõe nosso sistema imunológico é a chave para vencer a guerra contra doenças que hoje demoram para ser descobertas e são difíceis de tratar.
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