A Terra vai atravessar esta sexta-feira, dia 5 de julho, o seu ponto mais distante do Sol na sua órbita de 2019, um marco astronômico conhecido como afélio.
Na prática, o nosso planeta estará mais distante do Sol do que em outro qualquer dia do ano de 2019. O afélio, palavra de origem grega que significa “longe do Sol”, ocorre todos os anos entre o dia 2 e 7 de julho.
O exato momento em que a Terra estará mais afastada do Sol será no dia 4 de julho às 22h11 GMT – ou seja, às 23h11 de Lisboa – quando o nosso planeta e o seu astro se encontrarão a 152.104.285 quilômetros de distância.
Tal como recorda a Europa Press, e de acordo com a segunda lei de Kepler, esta distância também se traduz numa menor velocidade orbital de transladação, cerca de 103.536 quilômetros por hora, mais de 7.000 quilômetros por hora mais lenta do que no periélio, registado em 3 de janeiro.
Este fenômeno ocorre porque a Terra, na sua órbita em torno do Sol, não executa uma trajetória circular perfeita, mas antes elíptica. O contraponto deste acontecimento, isto é, o afastamento mais pequeno ao Sol, é o periélio e ocorreu a 4 de janeiro deste ano. A diferença deste ponto para o afélio é de 5 milhões de quilômetros.
Kepler, um astrônomo e matemático alemão do século XVII, percebeu que a linha que conecta os planetas e o Sol cobre a mesma área no mesmo período de tempo. Ou seja, quando os planetas estão próximos do Sol na sua órbita, estes movem-se mais rápido do que quando estão mais distantes. Assim, a velocidade orbital de um planeta será menor a uma distância maior do Sol, e em distâncias mais curtas a velocidade orbital será maior.
Contudo, importa frisar, as alterações na velocidade da Terra na sua órbita em torno do Sol não são relacionadas com as variações de temperatura e clima das estações do ano. As estações devem-se antes à inclinação eixo de rotação da Terra em relação ao plano da órbita que faz à volta do Sol.
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