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quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Disco de Gelo Gigante Giratório se formou no Rio Presumpscot nos Estados Unidos (VÍDEOS)

FENÔMENO DO DISCO DE GELO PODE SER FORMADO PELO CONTATO DO AR FRIO COM REDEMOINHO DA ÁGUA (FOTO: TINA RADEL/WETSBROOK)

Fenômeno natural é quase misterioso para os cientistas, que já apontaram mais de uma explicação para o aparecimento do disco de gelo.

Um enorme disco giratório de gelo se formou no Rio Presumpscot, na cidade de Westbrook, nos Estados Unidos. A estrutura se estende por cerca de 100 metros de diâmetro, está girando no sentido anti-horário em ritmo frequente e ainda parece estar crescendo em espessura.

Segundo o portal IFL Science, trata-se de um fenômeno natural raro, que confundiu os cientistas por anos. Além disso, o jornal The New York Times, reportou que apenas um ou dois discos são relatados por ano nos EUA e, geralmente, têm apenas de seis a nove metros de diâmetro.

"O tamanho deste pode ser um recorde mundial, isso se alguém estivesse acompanhando", disse Kenneth Libbrecht, professor de física do Instituto de Tecnologia da Califórnia.

O disco surgiu no rio na segunda-feira (14), e moradores afirmam que viram patos em cima da estrutura em alguns momentos.  
Disco de gelo de Westbrook é gigante perto de outros relatos do fenômeno (Foto: Ben McCanna/Portland Press Herald/Twitter)

Como o portal Science Alert aponta, a confusão de como esses carrosséis de gelo se originam remonta ao século 19. Um dos primeiros relatos desse fenômeno ocorreu em 1895, quando um leitor escreveu para a revista Scientific American que viu um “bolo de gelo giratório” no Rio Mianus, em Nova York.

Especialistas acreditavam que o ar frio e denso se encontrava com um redemoinho na água, o que a congelava e a fazia rodar. A água dentro do redemoinho estaria se movendo mais devagar do que a corrente do rio, tornando a possibilidade de congelamento mais alta. E quando o gelo gira, acaba colidindo com pedras ou mais blocos de gelo, o que deixava cada vez mais com o formato circular. 

No entanto, em 2016, cientistas testaram a hipótese recriando os discos em condições de laboratório e descobriram outro fator. Eles perceberam que, se os redemoinhos fossem os únicos responsáveis, discos menores deveriam girar em um ritmo mais rápido do que os maiores – e não rodariam na mesma velocidade.

Eles ainda detectaram que discos em água também giram. Acontece que, quando a água derrete, ela flui para baixo no centro do círculo de gelo, criando um pequeno vórtice que o faz rodar. 
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