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quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Equipe gaúcha estreia série sobre óvnis e extraterrestres no canal History

Com exibição no canal History, série percorre o Brasil relatando casos nacionais relacionados à fenômenos ufológicos
Divulgação / History

"De Carona Com os Óvnis" é a primeira produção brasileira a tratar de casos da ufologia de forma documental.

Um homem barbudo na meia-idade sobe em um jipe e desbrava o Brasil para desvendar histórias que não tirariam muitas pessoas da cama, seja por medo ou descrença total. Apresentada pelo gaúcho Fred Morsch, De Carona Com os Óvnis mostra casos emblemáticos sobre seres extraterrestres e objetos voadores não identificados que ocorreram no país. Alguns deles, no Rio Grande do Sul. Com estreia nesta sexta-feira (7), às 23h20min, no canal por assinatura History, a produção é a primeira série documental brasileira sobre ufologia.

Formada por gaúchos, a equipe investigou casos amplamente divulgados pela imprensa, como o ET de Varginha, e outros menos midiáticos, entre eles a suspeita de que seres de outro planeta extraem minério no interior gaúcho. Foram seis meses percorrendo de norte a sul do país e ouvindo pessoas que testemunharam diferentes fenômenos, de relatos de abdução à visão de luzes estranhas. Não importa em qual canto a equipe chegasse e com qual sotaque os casos seriam contados, eles apresentavam pontos em comum.

— Em todos os lugares, as pessoas descreveram  histórias sempre da mesma forma. Por exemplo, naves chegando e atacando os moradores. Outra coisa que falaram é que, quando a luz surgiu no céu, “a noite virou dia”. Em cada lugar, as pessoas chamam de um jeito. Teve um homem que me falou: “Eu não sei o que eu vi, mas parecia uma bacia” — conta Fred.

O projeto da série surgiu a partir de um antigo interesse do apresentador de 48 anos, natural de Getúlio Vargas, e de seu primo, o diretor e roteirista da série Eduardo Cabeda, 44, de Passo Fundo. Leitores da revista UFO na adolescência, chegaram a compartilhar, cada um em sua cidade natal, de visões de objetos luminosos que percorriam o céu de forma vacilante, fenômeno que a ufologia chama de avistamento. Anos mais tarde e sem vacilar na crença de que  existe vida fora da Terra, apresentaram o roteiro para o produtor Leo Sassen, da Clip Produtora, de Porto Alegre, com quem não foi necessário gastar muita saliva para convencer sobre o assunto.
Crente de que a vida fora no planeta Terra existe, Fred Morsch é o aventureiro que parte em busca dos casos mais misteriosos
Cristiano Seifert / History

Apesar de ser a primeira vez de Fred na frente das câmeras, não houve esforço para que interpretasse um mochileiro que cai na estrada a fim de resolver casos ufológicos. À vontade em ser ele mesmo, chegou a usar uma guitarra própria nas gravações, modelo Flying V, parecida com uma nave triangular, que empunha quando descansa das investigações. O lema de acreditar no que se faz nunca pareceu tão natural.

— Não conseguiria fazer a série se não tivesse a certeza de que algo está acontecendo mundialmente — diz Fred.
Equipe percorreu norte a sul do Brasil
Marcelo Curia / History

Dividida em 13 episódios, a série também traz depoimentos de ufólogos brasileiros que dão possíveis explicações para o que ainda está sem resposta. Uma das façanhas da produção foi ter conseguido entrevistar uma das três meninas envolvidas no caso mais popular no Brasil, ocorrido em 1996 em Varginha, Minas Gerais. Foram elas que mudaram a realidade da pacata cidade ao alegarem terem visto um ser de olhos vermelhos a quem identificaram como um  ET. Relatos dão conta que, após a polêmica, homens de preto chegaram à cidade com malas cheias de dinheiro a fim de comprar o silêncio de quem sabia demais. De acordo com o programa, militares também teriam acobertado informações sobre o caso, nublando ainda mais a história e desestimulando as pessoas a falarem a respeito.

— Eles entram para abafar completamente o caso. Se as pessoas souberem que não estamos sozinhos pode gerar um pânico geral — diz o produtor Leo Sassen, que garante que a série teve acesso a documentos secretos sobre a história.

Antiga sede de exploração de minério de cobre, Minas do Camaquã, distrito de Caçapava do Sul, no sudoeste do Estado, guarda histórias de pessoas acostumadas com luzes vindas do céu e carros perseguidos por óvnis na estrada. Hoje uma cidade fantasma, teria se tornado atraente aos extraterrestres por conta de sua riqueza mineral, que, os ufólogos imaginam, seria roubada durante as invasões. Essas regiões que concentram muitos episódios misteriosos são chamados de hotspots.

— O Brasil é um celeiro de hotspots. Tem muito lugar com incidência de avistamentos — garante Fred Morsch.
Na Ilha de Colares, no Pará, um curioso caso de ataque extraterrestre ainda intriga os moradores
Divulgação / History

Outro caso ocorreu na Ilha de Colares, no Pará, que teria sido palco de um ataque de óvnis em 1977. De acordo com os moradores, luzes vindas do céu eram direcionadas a eles a fim de sugar o seu sangue. O caso foi investigado pela Força Área Brasileira e recebeu o codinome de Operação Prato, mas, no boca a boca das pessoas, virou Chupa-Chupa.

A jornada consolidou a certeza que o apresentador, o diretor e o produtor já tinham a respeito da existência de vida fora da Terra. Mas, entre a equipe gaúcha que partiu com eles em viagem, havia quem não estivesse em sintonia com tamanha convicção. Diz Eduardo Cabeda que, diante do impacto das histórias, no mínimo ficaram com uma pulga atrás da orelha.

— Quem não acreditava, teve seus valores refeitos — garante o diretor.
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Um comentário:

  1. Lembro tambem casos de Casimiro de Abreu e os homens da máscara de ferro ambos no RJ

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