Todas as previsões sobre o fim do mundo, dos maias ao apocalipse de João, de Nostradamus a Edgar Cayce, falam de tempos difíceis, de grandes dores e destruições a serem vividos pela Terra.
Por outro lado, pelo menos duas outras frentes falam dos aspectos da renovação espiritual que urge ocorrer com a humanidade, uma delas proveniente de certa linha ufológica, onde canalizadores (o mesmo que médiuns para a Doutrina Espírita) menos preocupados com UFOS e ET`s e mais com a qualidade moral do espírito, repassam informações de seres de outros orbes, a exemplo de Bashar, orientando os interessados em questões de valores e virtudes. A outra frente é o próprio Espiritismo, o qual nasceu por orientação divina e iniciativa de espíritos de escol deste planeta, para falar de moral, mudança, progresso e transformação espiritual e material da Terra e dos homens.
Focando nesse último aspecto, que já não faz, como outrora, as pessoas olharem desconfiadas para quem crê em comunicabilidade com o mundo espiritual, nem mais incita pensamentos sobre os possíveis efeitos da loucura travestida de crença, ficamos com os alertas cristãos para a última hora - "muitos são os chamados e poucos os escolhidos" (Mateus 20:1-16).
A cada dia surgem mais e mais avisos de espíritos através de médiuns sérios, os quais confirmam que graves transformações exigem graves compromissos por parte de cada indivíduo. E não é de hoje que estes avisos tem sido rejeitados como falsos alertas, metáforas espirituais, ou possibilidade futura distante e, por isso, sem impacto imediato em nossas preocupações.
Entre as décadas de 1950 e 1960, o espírito Ramatís e seu médium Hercílio Maes foram rechaçados pelos espíritas (vide obra "Mensagens do Astral"), muitos sem mesmo lerem suas obras, acusando-os de pseudo-sábios por que alertavam para os tempos previstos do fim de uma era, prevendo o insano comportamento humano e o resultado material de muitas infelizes escolhas que provocariam grande mal estar geral.
Atualmente, Divaldo Pereira Franco, dentre outros, diz em nome dos espíritos Joanna de Angelis (vide o texto "A Grande Transição") e Manoel Philomeno de Miranda (vide a obra "Transição Planetária"), por exemplo, que a evolução da Terra de mundo de expiações para de regeneração, não será fácil, mas que a atitude comprometida do cristão pode ajudar a minimizar os sofrimentos pessoais e coletivos.
Em obra do médium André Luiz Ruiz ("No final da última hora"), o espírito Lucius expõe os esforços de Bezerra de Menezes e espíritos ainda mais evoluídos que o Médico dos Pobres, oriundos desse e de outros planetas, para que a dor do parto de uma nova era seja a menor possível, nesses tempos da separação do joio e do trigo prevista por Jesus.
Enquanto a espiritualidade de todos os modos, em todas as religiões e fora delas, procura despertar os adormecidos na vida encarnada, os homens ainda tapam o sol com a peneira, parecem preferir ser cegos de olhos albertos, equivocados e absorvidos pelas ambições efêmeras e egoísticas de uma sociedade que não vê senão o melhor para o seu próprio agora.
Grande número de pessoas tem procurado despertar dessa imensa “matrix” de efeitos mundanos que os insere em um turbilhão de valores aparentes e imediatistas, mas falta a muitos deles o estímulo da palavra que faz refletir e o exemplo que prova o valor das palavras, estímulo e exemplo que todos deveriam dar.
Muitos espíritas também estão perdidos nesse contexto, eles que creem que há vida em todos os mundos, eles que sabem da influência dos bons e maus espíritos, eles que conhecem o momento presente de transição de mundo de expiações para de regeneração e as implicações materiais e morais disso.
A responsabilidade de quem sabe, sobretudo a dos espíritas, é a maior de todas, mesmo assim ainda há dentre estes os que continuam limitados às paredes do Centro Espírita, certamente fazendo o melhor possível nos imprescindíveis trabalhos de orientar assistidos, dar passes, doutrinar espíritos, atuando materialmente em prol da caridade na creche ou lar de necessitados que apadrinham – mas param por ai, deixando para o mundo fora do CE, o mesmo comportamento de qualquer um que desconhece o que sabem.
Esse artigo tornará algumas pessoas incrédulas e às primeiras linhas pensarão que são ideias insanas de uma fanática religioso qualquer; outras questionarão o que aconteceu a uma pessoa que se embasa estritamente na codificação espírita em suas divulgações, para falar de profecias, ufologia, Ramatís e fim do mundo; outras, depois de saciarem a curiosidade, deixarão o tema de lado, já que não contamos o que acontecerá em 21 de dezembro de 2012; e outras, dentre as quais espero esteja a maioria, passarão a pensar a respeito, pesquisarão os nomes e obras citadas, tentarão adequar-se ao que pede a hora presente, acelerando na direção de sua evolução moral.
Fui alertada com firmeza nessa noite, em desdobramento espiritual marcante, que não existe mais muro para ficar em cima, nem tempo para protelar a escolha do lado onde desejaremos estar. Ou somos bons ou não somos, e quem não é bom, é mau.
No inesquecível alerta que recebi, fui estimulada a não calar, a chamar a atenção para essas reflexões, provaram-me que quem ousar falar, realizar, exemplificar, será tido por auxiliar do Cristo na Terra e terá mais trabalho – e menos dores na alma.
Não há por que temer, mas há por que se preocupar - mesmo que a transição planetária que ora seleciona a humanidade classificando-a com Jesus em joio e trigo, em bons e maus, não pareça realidade ou soe lenta, qualquer hora destas seremos interrogados pela vida, sobre nossas preferências.
O homem que quer o mundo da matéria e seus benefícios, escolhe quase sempre uma estrada que o distancia do céu. E se alguém quer o céu, é hora de despertar!
By Vania Mugnato de Vasconcelos
(Sob inspiração).
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“Enquanto viceje o mal, no mundo, o ser humano torna-se-lhe vítima preferida, em face do egoísmo em que se estorcega, apenas por eleição espiritual. A dor momentânea que o fere, convida-o por outro lado, à observância das necessidades de seguir a correnteza do amor no rumo do oceano da paz. Logo passado o período de aflição, chegará o da harmonia. Até lá, que todos os investimentos sejam de bondade e de ternura, de abnegação e de irrestrita confiança em Deus”. (Joanna de Angelis, “A grande transição”)